segunda-feira, 30 de maio de 2011

Massagem em bebês


Meus amigos,

Hoje trago um texto publicado na Seleções que mostra os benefícios da massagem para os bebês. Várias mães que freqüentam meu consultório utilizam essa prática que não só acalma a criança, mas que aumenta o contato e a sensação de prazer para ambos. Leiam e pratiquem a massagem em seus bebês. Com certeza, eles agradecerão no futuro.


Quem não gosta de uma massagem? Além de saudável para o corpo e a mente dos adultos, ela é essencial para estimular as sensações de um bebê, e capaz de unir ainda mais a criança aos pais. Além disso, ajuda a tranqüilizar os nenéns prematuros, e é recomendada para os pais adotivos que desejam criar um vínculo com seu novo filho.

1 - Antes de começar, certifique-se de que o cômodo esteja aquecido – um bom momento de massagear um bebê é após o banho.

2 - Deite o bebê de barriga para baixo sobre uma toalha ou um trocador na altura de sua cintura. Ponha alguns travesseiros em volta do bebê para que ele não role.

3 - Pingue uma pequena quantidade de óleo de massagem na palma da mão. Espere alguns segundos para deixá-lo aquecer e delicadamente massageie o bebê.

4 - Tenha cuidado de evitar os olhos do bebê e o cordão umbilical, se for recém-nascido. Não estenda os braços e as pernas com força.

5 - Acalme um bebê com cólica acariciando a barriga, colocando uma das mãos de cada lado e deslizando o bebê num delicado movimento em todas as direções. Então acaricie a área ao redor do umbigo no sentido horário, com uma das mãos atrás da outra.

6 - Para acalmar um bebê no período de dentição, massageie da base das orelhas até a base do pescoço e na direção do centro do queixo.

7 - Faça você mesma o óleo de massagem para o seu bebê misturando 75 ml de óleo de amêndoas doces, 1 colher de chá de óleo de jojoba e 2 gotas de óleo de camomila. A mistura também pode ser usada como óleo de limpeza na troca de fraldas. Colocado num frasco bonito, torna-se um presente útil para uma nova mamãe. (Fonte: Salve o Meio Ambiente – Reader’s Digest)


Um abraço,

Pedro Angelo

quinta-feira, 26 de maio de 2011

Bullying


"Quando eu era pequena, era chamada de baleia. Morria de vergonha dos meus amigos. Emagreci, passei fome, até remédios para perder apetite pesados eu tomei. E ao invés de me tornar uma pessoa "normal" eu passei a ser chamada de "baleia desnutrida" Hoje, carrego comigo o trauma de ser gorda e me pergunto se vale a pena mudar já que eu tentei me livrar do problema e ele, apenas, mudou de nome... O peso na alma continuou o mesmo..." (Depoimento de uma amiga, de 48 anos, que sofreu preconceito por ser acima do peso, o que hoje em dia chamamos de Bullying)

Ontem, os deputados da ALERJ discutiram em convocação aberta ao público os malefícios do Bullying. O Deputado Estadual Comte Bittencourt encabeçou esta convocação sobre um assunto que, ele como educador, conhece muito bem, assim como eu, pediatra. Debates como estes devem ser estimulados não só na esfera governamental, mas nas escolas. E devem ser levados ao conhecimento da sociedade.

O relato com o qual comecei meu texto de hoje mostra claramente a dor de uma pessoa e o trauma que uma brincadeira inocente de infância causou. Para muitos, uma bobagem, mas tivemos recentemente o caso da chacina de Realengo, cujo autor sofrera bullying na infância, tendo sua cabeça colocada num vaso sanitário e a descarga dada por colegas da escola. Uma criança tratada dessa maneira por aqueles que deveriam ser seus amigos descontando, anos depois, em crianças inocentes que, sequer, conheciam esse rapaz e seu passado sofrido. Não justifica, mas nos ajuda a compreender.

Tecnicamente falando bullying é o termo usado para descrever atos de violência física e psicológica, intencionais praticado por indivíduo ou grupo de indivíduos, com o objetivo de intimidar ou agredir outro indivíduo ou grupo de indivíduos incapaz(es) de se defender. As vítimas/agressoras, ou autores/alvos, que em determinados momentos cometem agressões foram, em sua quase totalidade, assediadas no passado por sua turma de escola.

Pesquisas indicam que adolescentes agressores têm personalidades autoritárias, combinadas com uma forte necessidade de controlar ou dominar. Também tem sido sugerido que uma deficiência em habilidades sociais e um ponto de vista preconceituoso sobre subordinados podem ser particulares fatores de risco. Estudos adicionais têm mostrado que enquanto inveja e ressentimento podem ser motivos para a prática do assédio escolar, ao contrário da crença popular, há pouca evidência que sugira que os bullies sofram de qualquer déficit de autoestima.Outros pesquisadores também identificaram a rapidez em se enraivecer e usar a força, em acréscimo a comportamentos agressivos, o ato de encarar as ações de outros como hostis, a preocupação com a autoimagem e o empenho em ações obsessivas ou rígidas. Conseqüentemente sugerido que os comportamentos agressivos têm sua origem na infância:

"Se o comportamento agressivo não é desafiado na infância, há o risco de que ele se torne habitual. Realmente, há evidência documental que indica que a prática do assédio escolar durante a infância põe a criança em risco de comportamento criminoso e violência doméstica na idade adulta"

O assédio escolar não envolve necessariamente criminalidade ou violência. Por exemplo, o assédio escolar frequentemente funciona por meio de abuso psicológico ou verbal. Os bulliessempre existiram, mas eram (e ainda são) chamados em português de rufias, esfola-caras, brigões, acossadores, cabriões, avassaladores, valentões e verdugos. Os valentões costumam ser hostis, intolerantes e usar a força para resolver seus problemas.

Nós, tanto os responsáveis pelo Governo e Educação, mas também, médicos pediatras, psicólogos e psiquiatras, precisamos muito que os pais observem o comportamento de seus filhos de perto. Todo desvio de conduta considerada normal, como excesso de quietude, agressividade extrema, recusa a ir para a escola, medo, verdadeiras "almas atormentadas" se é que podemos colocar assim, mas para um melhor entendimento, pode ser um pedido silencioso de socorro ou uma forma de descobrirmos que, em casa, temos uma criança que sofre ou pratica o bullying. Todo cuidado é pouco. Por isso, vamos dar mais atenção às nossas crianças e cobrar das escolas uma atenção especial, uma comunicação imediata, antes que tenhamos adultos traumatizados e perigosos convivendo em sociedade e que possa ser tarde demais.

Um abraço,

Pedro Angelo

segunda-feira, 23 de maio de 2011

Família: Os pilares que nos sustentam para a vida toda


“Todo dia, bem cedinho gosto de acordar. Pra beijar o meu paizinho que vai trabalhar.

E quando chegar a tardinha tomo um banho então. Pra esperar o meu paizinho fico no portão.

E minha mãezinha bem contente a cantar... Põe flores na jarra e põe a mesa pro jantar.

E o meu pai chega bem contente a sorrir... E depois da janta eu levo um beijo e vou dormir...”

Essa canção de ninar foi-me ensinada por minha mãe que cantava para eu dormir. Sou do tempo em que, apesar de minha mãe precisar trabalhar fora para ajudar o sustento da casa, nós tínhamos um conceito de união familiar muito forte. Éramos três: papai, mamãe e eu. Depois, ao longo do dia, meus pais trabalhavam fora e eu ficava com minha avó. Tinha as minhas responsabilidades, aulas extras, estudos, como qualquer criança de hoje. Meus pais chegavam juntos do trabalho, coisa rara nos tempos modernos e o jantar era o momento mais feliz que me lembro do dia, pois todos contavam suas aventuras e desventuras, todos tinham seus ensinamentos, todos tinham seus erros comentados, seus problemas relatados, mas acima de tudo, todos tinham a mesma atenção. Isso sem televisão, sem videogame, sem nada que pudesse interferir aquele momento familiar e só nosso. Na hora certa, dava boa noite para meu pai, minha mãe me colocava na cama e ao som de uma cantiga de ninar eu me sentia segura para dormir.

Casei-me e meu marido teve uma criação totalmente diferente da minha. Desgarrado, vinha de uma família onde ser independente era ser sozinho, da hora que acordava até a hora de deitar, não importando os problemas passados. A solução teria que vir ou não, sendo certa ou não, conforme sua capacidade de resolução. Acho excelente no que tange a criar a capacidade dos filhos de pensarem, mas uma faca de dois gumes, pois a solução poderia ter sido a mais fácil, como não estudar, roubar, se drogar. Graças a Deus, juízo deve ser hereditário e, se não for, ele teve bastante, pois se tornou um homem bem estruturado, pragmático ao extremo, com o defeito único de não compartilhar conquistas, problemas, mas exigir demais daqueles que o cercam.

Casamos e os filhos vieram. Eu com planos de que, um dia, meu filho cursasse uma universidade, se tornasse alguém. Ele, pragmático, achando que nosso filho se daria muito melhor abrindo um boteco e sendo independente o mais cedo possível. Pensei que fossemos ter muitos atritos. Eu querendo as melhores escolas e ele achando que a escola tanto faz se particular ou pública, já que é o aluno que faz ou não seu caminho de sucesso. Ele era o exemplo vivo disso enquanto eu era o exemplo das melhores instituições educacionais que meus pais puderam pagar. Mas, confesso, não esperava que, um dia, ao fazer nosso primeiro filho dormir, cantando a canção de ninar com a qual comecei, fosse ver um homem racional se debulhar em lágrimas. Não sabia se consolava meu marido ou se continuava e deixava toda a repressão ou ausência dos sentimentos embutidos naquela canção, como sentimentos de união familiar, sentimentos de necessidade de afeto, de carinho de pai e mãe, de momentos felizes em grupo virem à tona. Optei pela segunda: deixei-o curtir aquele momento íntimo e sofrido.

Daí para termos nossos momentos juntos no jantar, momento que continua até hoje, apesar das dificuldades dos tempos, quando se sai mais cedo de casa e se chega mais tarde ainda, foi um pulo. Nessas horas meus filhos contam suas aventuras, suas conquistas, suas derrotas, piadas, pedem conselhos e, da mesma forma, eu e meu marido fazemos o mesmo. E eles, na inocência da idade, nos ensinam, nos divertem e nos trazem os sonhos acalentados durante nossa infância e não realizados para, quem sabe, realizá-los com eles.

O que eu quis mostrar aqui não foi o fato de uma canção de ninar ser o fator de mudança de um homem. Quis mostrar que duas famílias diferentes se juntam para formar uma. Se um dos pilares não for equilibrado, o outro pode ruir. Eu era família e sentimento e ele era racionalismo e pragmatismo. Ao inaugurarmos uma família, o meu estilo de criação, com afeto, com emoção, falou mais alto. Ele sentiu falta disso a vida inteira e no nascimento do filho, na responsabilidade de dar o que de melhor podia, ele explodiu suas carências. E nessa explosão, nossos pilares se igualaram e, até hoje, sustentam nossa casa. Hoje, sonhamos juntos pela melhor educação para nossos filhos ao cobrarmos as notas na escola. Somos pais participativos não só na educação, mas em todos os momentos da vida de nossas crianças.

Vim de uma família onde o nosso lema era um por todos e todos por um. Éramos três e éramos chamados, carinhosamente, de Os Três Mosqueteiros. Agora, somos o time completo, afinal, os Três Mosqueteiros são quatro! E tanto eu como meu marido acreditamos que nossos filhos farão o mesmo quando inaugurarem suas famílias. A união, o amor e a cumplicidade são os pilares que sustentam e equilíbrio da célula principal da sociedade: a família.

Andréa Feder do Nascimento

Gostaria de lembrar aos que estão lendo esse depoimento de uma amiga e cliente que inaugurou sua família comigo e até hoje é minha parceira por confiar cegamente seus filhos a mim e minha amiga que, hoje, um bebê de oito meses foi encontrado morto de fome em casa ao lado de seus dois irmãos pequenos desnutridos. Segundo o jornal que noticiou essa tragédia, a mãe teria saído de casa para tentar localizar o pai e informar o ocorrido. Já a vizinhança diz que foram vários dias de choro até o momento da morte do pequeno.

Parir é fácil. Inaugurar e gerir famílias, dando o básico e essencial é para poucos. Mas todos podem mudar. Pensem no futuro do nosso País... Ele precisa começar com pilares fortes e nele se sustentar.


Se você tem alguma história, experiência ou tema que queira abordar e compartilhar conosco, por favor, envie-nos. Deixe seu comentário e entraremos em contato com você para a publicação no nosso espaço que é seu, acima de tudo.

Um abraço,

Pedro Angelo

sábado, 14 de maio de 2011

Procurados: Pediatras - verdade ou mito?

Meus amigos,

Abaixo transcrevo, na íntegra, texto divulgado pela Sociedade Brasileira de Pediatria. Pediatras são procurados e não estão sendo encontrados. A explicação para esse "ser em extinção" está abaixo.

Lembro que a saúde adulta começa com os cuidados ainda no útero e com uma infância controlada. Não se deve procurar um pediatra, apenas, nas horas de emergência. Um acompanhamento feito pelo pediatra garante um histórico de vida. E, essa vida será saudável ou não, dependendo dessa periodicidade.

Leiam o texto e não deixem de estimular seus familiares a freqüentarem o pediatra regularmente.

Um abraço,
Pedro Angelo

"Quais os caminhos para o desafio de garantir saúde de qualidade para a infância? “Valorizar o trabalho profissional do pediatra. Esta é, sem dúvida, a única certeza”. A afirmativa é do vereador Tio Carlos, presidente da Comissão Permanente dos Direitos da Criança e do Adolescente da Câmara Municipal do Rio de Janeiro, onde realizou, nesta terça-feira, uma audiência pública para discutir “A situação da pediatria no município e possíveis soluções”. Convidado para o debate, o presidente da SBP, dr. Eduardo Vaz, cumprimentou o parlamentar pela iniciativa, e, dentre outras questões, salientou a necessidade de que as crianças e adolescentes tenham garantido o direito ao acompanhamento de seu crescimento e desenvolvimento pelo profissional que está habilitado para isso. “Cerca de 80% das crianças brasileiras não têm acesso a planos de saúde. O sistema público precisa oferecer a todas a assistência, mas, principalmente, a prevenção e a promoção em saúde, afinal, sabemos que boa parte das doenças do adulto hoje começa na infância”.

Dr. Edson Liberal, presidente da Sociedade de Pediatria do Rio de Janeiro (Soperj), foi enfático: “não faltam numericamente pediatras no município, no estado e no País”. O grande problema para as famílias não está nas clínicas particulares, mas na rede pública de saúde, onde as mães têm dificuldade sim de encontrar médicos especializados na infância e na adolescência. “Muitas vezes este é o motivo de não recorrerem à atenção básica e levarem seus filhos diretamente na emergência”, lembrou o dr. Eduardo. Enfatizando que não se trata de um debate “entre governo e oposição”, o vereador Paulo Pinheiro, da Comissão de Saúde da Câmara, resumiu o problema: “falta política de recursos humanos adequada, de concursos públicos, de plano de cargos e salários”. Sobre a qualidade do serviço, dr. Edson foi claro: “o funcionalismo público também precisa ser cobrado”. Metas foram defendidas por todos, assim como muito enfatizada a necessidade de melhorar as condições de trabalho. No debate, foram problematizadas as alternativas, como a hoje muitas vezes encontrada, de contratações terceirizadas. O médico precisa também “ter garantido um futuro”, disse o dr. Eduardo, e ter “vínculo, compromisso, com a instituição na qual atua”.

Na mesa do debate, estavam três diretores de hospitais municipais, os drs. Paulo Peres, do Jesus, Fátima Brandão, do Nossa Senhora do Loreto e Beatriz Damásio, do Salles Netto. As instituições foram visitadas pelo vereador Tio Carlos, que encontrou em todas muitas dificuldades e sempre equipes “extremamente dedicadas”. “Peço uma salva de palmas para estes abnegados colegas”, disse o dr. Edson, prontamente atendido por uma platéia composta por diferentes profissionais que atuam na área da infância.

Representando o poder público municipal, o dr. João Luiz Ferreira Costa, subsecretário de Atenção Hospitalar, Urgência e Emergência, discorreu sobre as mudanças que vêm sendo implementadas, assinalou a importância da pediatria no próprio entendimento das queixas de “pacientes que muitas vezes não sabem se expressar” e discorreu a respeito das dificuldades encontradas pela prefeitura e os caminhos que vêm sendo buscados para as diferentes e “complexas” questões, citando, entre outros exemplos, novas formas de realizar licitações para compra de medicamentos.

Também presente, o vereador Carlinhos Mecânico, vice-presidente da Comissão dos Direitos da Criança e do Adolescente, ressaltou a importância da permanente busca de soluções. Aproveitando a oportunidade, dr. Edson Liberal convidou a todos para o debate já marcado para o dia 04 de maio, às 13h30 na sede da Soperj, à rua da Assembleia, 10, 18º andar, no Rio de Janeiro.

Assessoria de Comunicação da SBP"

sábado, 7 de maio de 2011

Amor de Mãe

O Amor da mãe pode ser traduzido em uma palavra: doação.

Falar desse sentimento é entender que ele é a mais completa forma de amor.
Um amor que se doa, coloca em primeiro plano o bem-estar, a segurança de um outro ser.

Impossível falar de mãe sem falar da pureza de um amor, que diante de todo o sofrimento disse Sim: Maria.

Uma mãe que, como tantas mães em nosso país, olha com lágrimas nos olhos o presente e o futuro árduo do filho.

Talvez seja por isso que a mãe Maria se expressa em cada olhar de mãe, em cada gesto de doação da mulher.

No rosto de uma mulher que assume a maternidade inteiramente, mesmo diante de tudo o que há de vir, há a presença iluminada de um lado vivo, mas esquecido por todos, homens e mulheres: O AMOR!!!!

Parabéns à todas as mães de sangue, de opção e de doação!

Um Abraço,
Pedro Angelo

terça-feira, 3 de maio de 2011

Duas vezes amor

Ontem, foi um dia especial para mim. Antes de inaugurar mais uma família, tive não só a felicidade, mas a honra de beijar a mão da bisavó do pequeno bebê que estava chegando ao mundo. Muito me emocionou, pois esta família começou tendo meu pai como inaugurador. Neste parto, após um excelente pré natal realizado pela Dra. Maria Imaculada, profissional de ponta de nossa cidade e auxiliada por sua filha, Dra. Monique, também obstetra que seguiu como eu, o bom exemplo de sua mãe que sempre honrou o exercício da medicina, eu percebi que estava dando, também, continuidade ao trabalho fascinante de meu pai, sendo acompanhado por avós e bisavó! Esse é o tipo de momento que há de ficar registrado no meu coração e que dinheiro no mundo não paga, pois eu acredito na força da família e no legado que ela nos deixa.

Maio é o mês das mães e avó é viver a maternidade com o compromisso de ver coisas que, nem sempre a pressão e a ocupação da “profissão” - mãe - permite. Que dirá uma bisavó atuante? É uma dádiva de Deus! Porque quando se é mãe, se tem a preocupação de cuidar, zelar, dando atenção em tempo integral, educação, tendo que dizer sim ou tentando explicar o porquê de um sonoro não... Mas, quando se é avó ou avô, a única coisa que se tem como obrigação é aproveitar todos os momentos que, quando pais, não puderam ter. É rir das gracinhas, é deixar se lambuzar, é não se importar com banho de chuva, é entupir de doces e balas gostosas. É recuperar o tempo, acima de tudo, é sentir-se vivo, é reaver a juventude, é lembrar com saudade dos tempos de mãe e pai... Eu diria que ao ser avó ou avô, viramos GELOL. Nossa obrigação é curar o “dodói” e participar! E isso é vida para quem não sabe quanto desta lhe resta. É a missão duplamente cumprida. É presente para poucos.

Em contrapartida, ter avô e avó é uma certeza de que a vida não se resume só no nosso mundo ou aquela pequena célula familiar. Nossa vida pode ser muito maior e feliz, sob a ótica de uma criança tendo a presença dos avós. É ter a certeza de que existe uma pessoa que vai cuidar com o mesmo amor dos pais, sendo que com a paciência e asapiência que só se adquire com o tempo.

Participando de um congresso internacional sobre humanização do parto, mostrei a importância da família e fiz questão de dizer que avós não estragam os netos. Falo de caso pensado, pois se avós estragassem as crianças eu não seria a pessoa centrada que sou e que defende a família como defendo. Para os que desconhecem, fui muito ligado à minha avó Júlia e era conhecido como “Pedrinho da vovó”, com muito orgulho. E em Junho, com a graça de Deus, comemorarei os 90 anos de minha outra avó! Sou ou não sou abençoado por isso?

Ontem eu vi como é bom andar na mão certa da estrada, na via do amor. Inaugurar essa família, dando continuidade ao trabalho do meu pai, foi um momento muito, mas muito especial para mim.

Um abraço,

Pedro Angelo

segunda-feira, 2 de maio de 2011

Quem é o culpado?

Quando lemos reportagens nos jornais ou vemos na TV falarem de crianças jogadas no lixo, todos julgam a mãe “culpada” por esse ato. Entretanto, alguém perguntou em que condições essa mulher cresceu para culminar num ato desumano desses? Teria a sociedade ou algum voluntário estendido a mão para que essa pessoa não terminasse no fundo do poço da sociedade humana ao tentar matar seu próprio filho numa caçamba de lixo? Chegamos ao absurdo de uma câmera de circuito interno de TV, instalada para proteção contra meliantes, tornar visível para todo o nosso País, uma mulher e um filho invisíveis aos olhos de nossa sociedade! E mais, quem salvou essa criança é uma pessoa cuja profissão é de dar ensinamento, educação e cidadania e que vem ficando invisível aos olhos da população: um professor! Deus, a que ponto nós chegamos! O pior cego é aquele que não quer ver!

É muito fácil julgar. Principalmente, nós que somos entupidos, diariamente, por tanta desgraça e sensacionalismo. São páginas e mais páginas de desgraças, blocos e mais blocos de sensacionalismo barato com a crueza da vida humana. Costumo dizer ao ver os telejornais: Hoje duzentas pessoas morreram, mas ninguém relatou um nascimento sequer! Nascer, embora seja preciso, não é vendável e não dá IBOPE. Então, facilitamos nossas vidas e condenamos sem pensar nas conseqüências dos nossos atos. Isso tem nome: Fuga!

Por isso, nós que andamos na sociedade na contramão, perguntamos o que foi a vida dessas mães? Será que alguém procurou saber? Como foram as vidas destas desde o útero? Apenas mais um filho numa prole de vários, quase todos indesejados ou “acidentes de percurso”? O que essa pessoa teve como referência de família, lar, infância? Necessidade, fome, frio, medo? Alguém estendeu a mão para essa pessoa quando ela se viu em problemas? Teria ela apelado para o esquecimento das amarguras da vida com uso de drogas? Será que teve amigos? Não sabemos. Tudo leva crer, através de estudos e pesquisas, que pessoas que sofrem na infância qualquer tipo de maltrato é um potencial agressor ao crescer. E, para quem teve o lixo como vida, para quem foi tratado sempre à margem da sociedade, por que não colocar seu filho, tão indesejado quanto ela, ou que passaria pela mesma vida triste, invisível e sem perspectiva, no mesmo berço onde cresceu se este foi o único que conheceu?

Chamamos, portanto, todos os que nos acompanham para uma reflexão sobre esse assunto. A vida é complexa, existem várias dificuldades a serem vencidas. Mas, viver é preciso! E ajudarmos uns aos outros torna esse fardo, para uns, mais fácil, proporcionando para quem se preocupa e ajuda uma satisfação de estar salvando, possivelmente, uma geração. Portanto, antes de julgarmos, olhemos para nossas atitudes para com o próximo. Pode ser que, assim, ajudando e compreendendo o passado possamos salvar o futuro.

Um abraço,

Pedro Angelo

domingo, 1 de maio de 2011

Palestra para Casais Grávidos

Hoje, 30 de Abril de 2011, tivemos um dia abençoado no grupo de gestantes. O tema de minha palestra normalmente gira em torno da inauguração da família, porém hoje resolvi presentear, o grupo de casal grávidos com um remédio que não se vende nas farmácias e que nós costumamos desprezar. Começando com o tema da palestra que era ACOLHIMENTO DO RESCÉM NASCIDO. Vimos que a entrada da mãe na UTI neonatal para tocar no seu filho diminuiu o tempo de internação e a mortalidade caiu pela metade.

Estava descoberto o remédio que é o TOQUE. Falaremos sobre esse remédio numa edição específica, aguardem. Foram mostrados vídeos que comprovaram ação terapêutica do toque e no final da palestra os casais grávidos não tiveram dúvidas de provar dos benefícios do toque e ficaram alguns minutos se abraçando. Aproveitando esse clima de amor o Dr. Carlos Arthur pediu ao palestrante Daniel que fizesse uma oração ao médico dos médicos (Jesus), que abençoasse a inauguração daquelas famílias.

Esse encontro foi feito antes de entrarmos no mês de maio, pois a sociedade na contra mão só comemora o dia das mães no dia das mães e para nós dia das mães é o ano inteiro.

Esse evento foi realizado graças ao trabalho conjunto do Dr. Carlos Arthur e da Cell Preserve. A eles, o meu agradecimento especial por mais este sucesso.


Um abraço,

Pedro Angelo