domingo, 29 de abril de 2012

Dia do Trabalho

Comemorado no dia 1º de maio, o Dia do Trabalho ou Dia do Trabalhador é uma data comemorativa usada para celebrar as conquistas dos trabalhadores ao longo da história. Nessa mesma data, em 1886, ocorreu uma grande manifestação de trabalhadores na cidade americana de Chicago.

Milhares de trabalhadores protestavam contra as condições desumanas de trabalho e a enorme carga horária pela qual eram submetidos (13 horas diárias). A greve paralisou os Estados Unidos. No dia 3 de maio, houve vários confrontos dos manifestantes com a polícia. No dia seguinte, esses confrontos se intensificaram, resultando na morte de diversos manifestantes. As manifestações e os protestos realizados pelos trabalhadores ficaram conhecidos como a Revolta de Haymarket.

Em 20 de junho de 1889, em Paris, a central sindical chamada Segunda Internacional instituiu o mesmo dia das manifestações como data máxima dos trabalhadores organizados, para, assim, lutar pelas 8 horas de trabalho diário. Em 23 de abril de 1919, o senado francês ratificou a jornada de trabalho de 8 horas e proclamou o dia 1° de maio como feriado nacional.

Após a França estabelecer o Dia do Trabalho, a Rússia foi o primeiro país a adotar a data comemorativa, em 1920. No Brasil, a data foi consolidada em 1924 no governo de Artur Bernardes. Além disso, a partir do governo de Getúlio Vargas, as principais medidas de benefício ao trabalhador passaram a ser anunciadas nessa data. Atualmente, inúmeros países adotam o dia 1° de maio como o Dia do Trabalho, sendo considerado feriado em muitos deles.

Só o trabalho constrói. Todo o conforto que a humanidade goza hoje em dia é fruto do trabalho de muitas pessoas, através de várias gerações. Todo trabalho dignifica quando é honesto, por mais humilde que seja. Nessa data lembramos o esforço humano. Todas as pessoas, cada uma em sua área de atuação, é necessária. Não existem profissões mais ou menos importantes. Todos precisamos de engenheiros, médicos, assim como pedreiros e agricultores. 

No Brasil, infelizmente, nem todas as profissões são tratadas com o respeito que merecem. Nem todas recebem os devidos recursos e méritos e a grande maioria não é encarada com seriedade. No entanto, todas elas são importantes não só pelo geram de progresso para nosso País, mas pelo que elas representam para as famílias brasileiras: seu sustento honrado. Seja qual for a sua profissão, trabalhador ou trabalhadora, que ganha de forma honesta o sustento de cada dia, o meu sincero respeito pelo seu dia. Tenho certeza de que o esforço diário de cada um de vocês dignifica não só a sua pessoa e sua família, mas dignifica toda a nossa nação!


Um abraço,
Pedro Angelo

domingo, 22 de abril de 2012

Desnutrição

A desnutrição é uma doença causada pela dieta inapropriada, hipocalórica e hipoprotéica. Também pode ser causada por má-absorção de nutrientes ou anorexia. Tem influência de fatores sociais, psiquiátricos ou simplesmente patológicos. Acontece principalmente entre indivíduos de baixa renda e principalmente as crianças de países subdesenvolvidos. 

Segundo Médicos sem Fronteiras, a cada ano 3,5 a 5 milhões de crianças menores de cinco anos morrem de desnutrição. A causa mais frequente da desnutrição é uma má alimentação. Ainda, outras patologias podem desencadear má absorção ou dificuldade de alimentação e causar a desnutrição. Citamos alguns exemplos: 
  • Dieta – O desequilíbrio entre as proporções de proteínas e de carboidratos devido à ingestão inadequada de alimentos. 
  • Infecção – Atuam principalmente como fatores desencadeantes. 
  • Fatores Psicológicos – Podem ser muitas vezes relevantes na Desnutrição. Por exemplo, a privação materna, quando a mãe tem que se afastar ou mesmo se ausentar da convivência com o filho, sendo traduzida pela criança, principalmente, por anorexia. 
  • Situação Sócio-Econômica – Denominador comum de todas as doenças que prevalecem em países de áreas pobres, tendo como principais agravantes o nível educacional da mãe, a renda familiar insuficiente, habitações insalubres com precário saneamento. 
  • Insuficiente Produção de Alimentos – Baixa produtividade agrícola da terra, carência de alimentos, alto custo dos alimentos. 
  • Padrões Culturais – A não utilização dos recursos naturais pode ser devido ao conhecimento inadequado do que a criança pode e deve comer assim como de atitudes, tabus, crenças e preconceitos em relação a determinados tipos de alimentos. 
  • Nutrição Materna – Nas áreas subdesenvolvidas, pouca atenção é dada à dieta da gestante. É sabido da grande necessidade nutritiva apresentada pelo feto, tornando de suma importância a qualidade alimentar da gestante. 
  • Desmame Precoce – É o período de desmame uma fase crítica na ecologia nutricional da criança nos primeiros meses de vida, a introdução inadequada de prática alimentar artificial representa um grave risco para Desnutrição. Muitas mães, pertencentes a nível sócio-econômico baixo efetuam o desmame de seus filhos precocemente, alegando enfraquecimento ou falta de leite; porém, sem terem o que ou como oferecer outro tipo de alimentação,empregam pouca quantidade de leite pasteurizado no preparo da mamadeira ou ainda dispensam alimentos de grande valor nutritivo, tais como ovo e feijão, por crendices e preconceitos. 
Como consequências temos: 

Coração: o coração perde massa muscular, assim como os outros músculos do corpo. Em estágio mais avançado há insuficiência cardíaca e posteriormente morte. 

Sistema imune: torna-se ineficiente. O corpo humano não vai ter os nutrientes necessários para produzir as células de defesa. Logo, é comum infecções intestinais subseqüentes, respiratórias e outros acometimentos. A duração das doenças é maior e o prognóstico é sempre pior em comparação a indivíduos normais. A cicatrização é lentificada. 

Sangue: É possível ocorrer um quadro de anemia ferropriva relacionada à desnutrição. 

Trato gastro-intestinal: há menor secreção de HCl pelo estômago, tornando esse ambiente mais propício para proliferação bacteriana. O intestino diminui seu ritmo de peristalse e a absorção de nutrientes fica muito reduzida. 

A desnutrição não é um problema difícil tampouco caro de se resolver. Do ponto de vista nutricional as soluções são simples e baratas, porém elas precisam vir acompanhadas de mudanças também no quadro social. A solução passa pela reeducação alimentar da criança e da família, acompanhada de uma estruturação social que possibilite a esse grupo familiar manter a qualidade de vida. Vai além de tirar a criança do quadro de desnutrição, é uma questão, política, social e educacional. 

Uma opção que tem mostrado resultados é a alimentação alternativa. A ideia começou a ser disseminada pela Pastoral da Criança, e consiste no aproveitamento máximo dos alimentos, evitando desperdícios e buscando novas fontes de nutrientes. A mais conhecida é a multi-mistura, feita com farelos (de arroz e de trigo), da moagem de folhas verdes (de mandioca, batata-doce, abóbora) e de sementes (de girassol, melancia, etc.), tudo isso moído, tostado e peneirado vira uma rica fonte de nutrientes. 

Portanto, não custa nada ficar atento a uma boa alimentação e a qualidade de vida como um todo. E, acima de tudo, procure um médico no caso de algum dos sintomas descritos. Não se auto-medique e nem faça dietas por conta própria. Saúde vem sempre em primeiro lugar!

Meu Abraço,
Pedro Angelo

sábado, 14 de abril de 2012

Febre - o que é e como tratar

A febre ou pirexia, é a elevação da temperatura do corpo humano para cima dos limites considerados normais (36 a 37,4 °C) faixa (range) que compreende 95% da população sadia. A regulação da temperatura é realizada pelo hipotálamo. Pode ser causada por uma série de fatores que incluem: infecção, sequelas de lesão tecidual, inflamação, rejeição de enxerto, processo maligno ou outros fatores. A febre não é uma doença e geralmente não necessita de rápida intervenção, é um sintoma que possui papel de defesa orgânica. Seu controle estrito não previne convulsões (somente em 4% de uma população de crianças sadias ocorre convulsão febril), mas esta pode ser fator desencadeante em pacientes suscetíveis, mesmo com uma pequena elevação de temperatura.. 

É uma reação orgânica primitiva com múltiplas aplicações contra um mal comum, interpretada pelo meio médico como um simples sinal. A reação descrita como um aumento na temperatura corporal nos seres humanos para níveis até 37,5 °C Celsius chama-se estado febril; ao passar dessa temperatura, já pode ser caracterizado como febre e é um mecanismo adaptativo próprio dos seres vivos. A febre é uma reação do corpo; a sensação ruim que sente a pessoa febril faz com que ela poupe energia e descanse, funcionando também através do maior trabalho realizado pelos linfócitos e macrófagos. Apesar da maior parte das febres ser causada por infecções, nem sempre febre é indicador de infecção. Mede-se tradicionalmente a temperatura corporal através da testa e pescoço (com a mão), da boca, da axila, da membrana timpânica ou do ânus (utilizando um termômetro, que pode ser eletrônico ou não). 

As crianças são mais afetadas pela febre porque, para o organismo delas, praticamente todos os vírus e bactérias são desconhecidos. 

São considerados valores normais de temperatura: 

  • Temperatura axilar: 35,5 a 37 °C, com média de 36 a 36,5 °C. 
  • Temperatura bucal: 36 a 37,4 °C. 
  • Temperatura retal: 36 a 37,5 °C, isto é, 0,5 °C maior que a axilar. 
A febre pode ser classificada como de baixa intensidade (37,5 a 38 °C), moderada (38 a 39 °C) ou alta (mais de 39 °C), dependendo de quanto a temperatura corpórea subiu. 

A febre pode ser benéfica, e é parte da resposta do corpo a uma doença; no entanto, se a febre for acima de 42 °C, então pode causar danos significativos aos neurônios, com risco de afetar a meninge e essa fase é chamada de hipertermia maligna. A alta temperatura causa a desnaturação de proteínas e enzimas, o que agrava o estado do paciente. 

A temperatura normalmente flutua ao longo do dia, e o mesmo se aplica à febre. Se esse padrão característico estiver ausente, a temperatura aumentada do corpo pode ser por causa de insolação, uma disfunção mais séria. A insolação é causada pelo excesso de exposição ao sol e desidratação. 

Existe certa fobia da febre cercada de mitos tanto para profissionais de saúde quanto para a população em geral de que a febre seja algo que implique rápida ação com algum medicamento, principalmente quando ela envolve crianças. No entanto, existem medidas que podem reduzir a febre de forma natural como banhos e resfriamento do ambiente. 

Embora a febre seja uma resposta imunológica própria do organismo contra algum mal, a medicina moderna chegou a desenvolver algumas drogas chamadas de antipiréticos que podem reduzir a febre a níveis tolerados. Os antipiréticos (ou medicamentos que são usados para baixar a temperatura corpórea no caso de febre) mais usados são o paracetamol, a dipirona, o ibuprofeno, cetoprofeno e ácido acetilsalicílico e todos eles devem ser usados, apenas, com recomendação médica.

sexta-feira, 6 de abril de 2012

Páscoa

Páscoa (do hebraico Pessach, significando passagem) é um evento religioso cristão, normalmente considerado pelas igrejas ligadas a esta corrente religiosa como a maior e a mais importante festa da Cristandade. Na Páscoa os cristãos celebram a Ressurreição de Jesus Cristo depois da sua morte por crucificação que teria ocorrido nesta época do ano em 30 ou 33 da Era Comum. A Páscoa pode cair em uma data, entre 22 de março e 25 de abril. O termo pode referir-se também ao período do ano canônico que dura cerca de dois meses, desde o domingo de Páscoa até ao Pentecostes. Os eventos da Páscoa teriam ocorrido durante o Pesah, data em que os judeus comemoram a libertação e fuga de seu povo escravizado no Egito.

A palavra Páscoa advém, exatamente do nome em hebraico da festa judaica à qual a Páscoa cristã está intimamente ligada, não só pelo sentido simbólico de “passagem”, comum às celebrações pagãs (passagem do inverno para a primavera) e judaicas (da escravatura no Egito para a liberdade na Terra prometida), mas também pela posição da Páscoa no calendário, segundo os cálculos que se indicam a seguir.

A Páscoa cristã celebra a Ressurreição de Jesus Cristo. Depois de morrer na cruz, seu corpo foi colocado em um sepulcro, onde ali permaneceu por três dias, até sua ressurreição. É o dia santo mais importante da religião cristã. A Páscoa nada mais é que um ritual de passagem, assim como a "passagem" de Cristo, da morte para a vida.

A festa tradicional associa a imagem do coelho, um símbolo de fertilidade, e ovos pintados com cores brilhantes, representando a luz solar, dados como presentes. De fato, para entender o significado da Páscoa cristã atual, é necessário voltar para a Idade Média e lembrar os antigos povos pagãos europeus que, nesta época do ano, homenageavam Ostera, ou Esther – em inglês, Easter quer dizer Páscoa. Esta deusa e o ovo que carrega são símbolos da chegada de uma nova vida, daí a figura do ovo ser usada como símbolo e presenteado: renovação e vida são seus significados mais marcantes e fazem alusão ao renascimento e a vida de Jesus Cristo que ressuscitou ao terceiro dia, saindo da morte para e vida eterna.

Meus amigos, na verdade, Páscoa é renascimento. Seja da fé, seja do amor, seja da confiança, seja da paz. Precisamos renascer, todos os dias, nos tornando pessoas melhores não só por nós, mas por aqueles que convivem conosco. Temos que lutar pela igualdade, a fraternidade, a reciclagem de valores éticos e morais, onde a justiça dos homens não dependa de mortes para que esta ocorra. Temos que ser irmãos de nossos vizinhos e amigos de pessoas que não conhecemos. Temos que compartilhar o pouco que temos com os que nada têm. Só assim, acreditando no renascimento, nós seremos capazes de viver num mundo melhor e mais humano. Ajudar a carregar a cruz do outro é renascer em si mesmo.

À todos, meu desejo de muitos renascimentos interiores e muita paz em família! 

Meu abraço!

Pedro Angelo