sexta-feira, 15 de junho de 2012

A Sociedade... Estaria ela andando no rumo certo?

Hoje temos edifícios mais altos, mas pavios mais curtos...
Temos auto-estradas mais largas, mas pontos de vista mais estreitos...
Gastamos mais, mas temos menos...
Compramos mais, mas desfrutamos menos...
Temos casas maiores e famílias menores...
Temos mais conhecimento e menos poder de julgamento...
Temos mais medicina e menos saúde...
Hoje bebemos demais, fumamos demais, gastamos de forma excessiva, rimos de menos, dirigimos rápido demais, nos irritamos facilmente...
Ficamos acordados até tarde, acordamos cansados demais...
Multiplicamos nossas posses, mas reduzimos nossos valores...
Falamos demais, amamos raramente e odiamos com freqüência...
Aprendemos a ganhar a vida, mas não vivemos essa vida...
Fazemos coisas maiores, mas não coisas melhores...
Limpamos o ar, mas poluímos a alma...
Escrevemos mais, mas aprendemos menos...
Planejamos mais, mas realizamos menos...
Aprendemos a correr contra o tempo, mas não a esperar com paciência...
Temos maiores rendimentos, mas menos padrão moral...
Temos avanços na quantidade, mas não na qualidade...
Esses são tempos de refeições rápidas e digestão lenta..
De homens altos e caráter baixo..
De lucros expressivos mas relacionamentos rasos...
Mais lazer, mas menos diversão..
Maior variedade de tipos de comida, mas menos nutrição...
São dias de viagens rápidas, fraldas descartáveis, moralidade também descartável e pílulas que fazem tudo: alegrar, aquietar, matar...
vamos pensar sobre isso...

A Sociedade que vivemos precisa acertar o caminho. Escolher entre as opções se tornou complexo. O ganhar fácil é mais importante do que o ganhar de forma correta e honesta. Temos facilidades para viver e outras tantas para morrer. Será que estamos no caminho certo?

Meu abraço,

Pedro Angelo

segunda-feira, 11 de junho de 2012

Vacinação contra a Paralisia Infantil!!

Amigos,

Uma imagem vale mais que mil palavras! Fiquem atentos às datas de vacinação nos meses de Junho e Julho contra a Paralisia Infantil! Não podemos deixar que nossas crianças sofram desse mal em pleno século XXI!



Meu Abraço,
Pedro Angelo

quarta-feira, 6 de junho de 2012

Dia Mundial do Teste do Pezinho

Sete exames para fazer no seu bebê antes de deixar a maternidade 

Cuidados relacionados à prevenção não só livram você de muitas doenças como aumentam as chances de sucesso de um eventual tratamento nos casos em que, pela genética ou fatores ambientais, os cuidados não foram suficientes para afastar um problema de saúde. No caso de um recém-nascido, as precauções começam antes mesmo de deixar a maternidade - quanto mais cedo melhor, porque um diagnóstico preocupante tem mais chances de ser revertido. O teste do pezinho e a tipagem sanguínea são exemplos de exames que ajudam bastante os especialistas a identificarem doenças que exigem reação urgente. 

No Dia Mundial do Teste do Pezinho, trazemos esses e outros exames que devem ser feitos a fim de obter um diagnóstico precoce e otimizar tratamentos, a saber:


Teste do pezinho básico
O que diagnostica: fenilcetonúria (deficiência no metabolismo de determinada proteína que pode levar ao retardo mental), hipotireoidismo congênito (deficiência na produção de hormônios da tireoide que pode afetar o desenvolvimento da criança ou levar ao retardo mental), fibrose cística (doença hereditária que pode gerar acúmulo de muco nos pulmões e no pâncreas, podendo levar à morte), hemoglobinopatias (doenças de sangue, como a anemia falciforme)
Quando deve ser feito: 48 horas após o nascimento
Como é feito: por meio da coleta de sangue do calcanhar (pela praticidade) ou da veia do bebê. Ele precisa ter sido amamentado antes do exame, pois o leite materno deixa problemas metabólicos do organismo mais evidentes.
Disponibilidade: obrigatório e realizado gratuitamente pela rede pública de saúde 


Teste do pezinho ampliado 
O que diagnostica: mais de 30 doenças, desde problemas genéticos e metabólicos até doenças infecciosas como a toxoplasmose
Quando deve ser feito: 48 horas após o nascimento
Como é feito: por meio da coleta de sangue do calcanhar ou da veia do bebê. Ele precisa ter sido amamentado antes do exame, pois o leite materno deixa problemas metabólicos do organismo mais evidentes
Disponibilidade: não obrigatório e não oferecido pela rede pública de saúde, mas pode ser solicitado na maternidade 



Tipagem sanguínea 
O que diagnostica: tipo sanguíneo para o caso de emergências médicas
Quando deve ser feito: 48 horas após o nascimento
Como é feito: a coleta pode ser feita do bebê ou, em alguns casos, até da placenta
Disponibilidade: obrigatório e realizado gratuitamente pela rede pública de saúde 



Teste da orelhinha
O que diagnostica: surdez
Quando deve ser feito: ainda na maternidade
Como é feito: o pediatra coloca um aparelho similar a um fone de ouvido na criança ligado a um equipamento que produz estímulos inaudíveis que identificam traços de surdez.
Disponibilidade: obrigatório e realizado gratuitamente pela rede pública de saúde 


Teste do olhinho 
O que diagnostica: alterações oculares, como a catarata, que podem levar à cegueira
Quando deve ser feito: na primeira semana de vida
Como é feito: um feixe de luz é direcionado nos olhos da criança. Se eles forem saudáveis, emitirão uma cor avermelhada e contínua
Disponibilidade: não é obrigatório, mas deve ser solicitado. Oferecido pela rede pública, mas realizado obrigatoriamente apenas em algumas cidades 


Teste do coraçãozinho 

O que diagnostica: doenças cardíacas, como defeitos nas válvulas do coração
Quando deve ser feito: ainda na maternidade
Como é feito: um aparelho de pressão chamado oxímetro é colocado em dois membros do bebê para avaliar a oxigenação do sangue. Se o equipamento apontar diferença entre um e outro, a criança pode ter algum problema cardíaco e, assim, outros exames são solicitados
Disponibilidade: não é obrigatório, mas deve ser solicitado. Algumas redes públicas realizam o exame gratuitamente 


Teste do quadril
O que diagnostica: problemas no quadril, como encurtamento do membro e osteartrose precoce, que destrói a cartilagem que reveste o osso
Quando deve ser feito: ainda na maternidade
Como é feito: o pediatra movimenta as pernas e o quadril do bebê com técnicas da chamada Manobra Ortolani. Se perceber algum problema, solicita outros exames
Disponibilidade: não é obrigatório, mas deve ser solicitado. Oferecido pela rede pública, mas realizado obrigatoriamente apenas em algumas cidades


Portanto, meus amigos, como pediatra deixo aqui essa matéria muito interessante que li e que reforçam a importância de fazermos todos os exames necessários nos primeiros dias de vida de nossos bebês!

Meu Abraço!

Pedro Angelo

terça-feira, 22 de maio de 2012

O que faz uma criança feliz?

A Sociedade Brasileira de Pediatria e o Instituto Datafolha ouviram 1.525 crianças brasileiras de 4 a 10 anos, de todas as classes econômicas, em 131 municípios e teve como objetivo conhecer mais profundamente os desejos e necessidades dos pacientes pediátricos, para que seu médico pudesse, cada vez melhor, orientar as famílias nas consultas. As crianças responderam uma questão aberta: “O que você mais gosta de fazer quando não está na escola?” e, além disso, foram propostas 26 situações, manifestassem seu estado de alegria ou tristeza frente a cada uma dessas situações. Todas as crianças responderam na presença do responsável, após sua autorização. Os resultados foram surpreendentes para um mundo que vive o “virtual” e não o físico. Se não, vejamos: 

O que sentem? Do que gostam? 
O que deixa a criança “muito alegre” e “alegre” é o dia do seu aniversário (96% das respostas), praticar esporte (94%), brincar com os amigos (92%), as férias escolares (91%), assistir TV (90%). A situação na qual se sente “muito triste” e “triste” (71%) é ficar longe da família. Mas independente da natureza, os primeiros lugares ficaram com jogar bola (33%), brincar de boneca/boneco (28%) e assistir TV (26%). Andar de bicicleta veio a seguir, com 19%. O pega-pega ficou 17%. Empataram, com 14 % das preferências, o esconde-esconde, brincar de carrinho e vídeo game. Na sequência estão as atividades brincar de casinha (10%) e no computador (9%). Apareceram também soltar pipa e desenhar/pintar (6%), pular corda (5%), brincar de corrida, com brinquedos (sem especificar qual), animal de estimação e estudar (4%). 

Diante esse resultado a Sociedade Brasileira de Pediatria sugeriu algumas dicas para as famílias: 

. O principal é o carinho. O que faz a criança feliz não é o brinquedo, mas sim brincar, conviver com a família e amigos. As crianças não são consumistas, mas, se puderem, consumirão toda a atenção, contato físico, aconchego e carinho. 

. O núcleo familiar proporciona sensações alegres e prazerosas. Fica clara a grande importância dada pelas crianças ao convívio - tão decisivo para o seu desenvolvimento emocional e cognitivo -, não apenas com a família nuclear, mas também a “estendida”. 87% dos entrevistados se definiram como “alegres” ou muito alegres” quando estão com os avós, na mesa com a família e quando pensam na mãe. 83% se dizem também “alegres” ou “muito alegres” quando brincam com os irmãos e 78% quando pensam nos pais. A família é o princípio, meio e fim de toda a história de vida de um ser humano. 

. Criança gosta de estar com criança. Até por isso fica tão feliz no aniversário. 47% dos entrevistados informaram que ficam “tristes” ou “muito tristes” quando brincam sozinhos. A convivência deve ser incentivada. Ninguém vive sozinho em sociedade e é de pequeno que se incutem, nas crianças, os conceitos básicos de viver em comunidade, respeitando o espaço do próximo para que o seu seja respeitado, etc. 

. As brincadeiras tradicionais trazem mais alegria. Apesar da forte presença da TV e dos eletrônicos em geral (o computador é importante principalmente entre os mais velhos), ainda existe o Brasil das brincadeiras tradicionais e essas ainda trazem mais alegria do que as propostas mais atuais de diversão/lazer. É importante incentivá-las. Brincadeiras de rua, apesar das limitações impostas pela violência urbana, e mesmo que não praticadas, estão em primeiro lugar no desejo das crianças. A TV, o computador e os jogos eletrônicos são buscados por falta de opção, ou quando estão sós. Entretanto, quando lhes é oferecida uma alternativa, como a prática esportiva, por exemplo, um novo mundo se descortina e uma gama de infinitas opções se abre. 

Como membro efetivo da Sociedade Brasileira de Pediatria, só venho ratificar tudo o que aqui foi dito, porque é essa a minha vivência não só no consultório, como inaugurador e mantenedor da saúde de famílias, mas na minha vida como pai. Fica claro que nossas crianças são saudáveis quando estão com a família, os amigos e que não precisam de brinquedos sofisticados. Que as brincadeiras mais simples são as mais valiosas. Nossas crianças precisam que sua imaginação seja estimulada e que os pais, irmãos, amigos, familiares e professores ajudem-nas a criar e a não temer o erro. Nem sempre acertamos tudo, mas o importante e o que nos impele para o progresso é tentar. Essa criatividade desenvolve a confiança e si própria, além dos significados de sociedade, de respeitar, de ganhar e perder e a terem confiança em si bem como no mundo que as cerca. Afinal, quando ela consegue sonhar e se imaginar num futuro, ela está confiante de que esse futuro não é algo parecido com um bicho papão, mas que será a chave do seu sucesso. Essas crianças não terão medo de assumir seus atos. Essas crianças confiantes de hoje serão os adultos bem sucedidos de amanhã. Se eles não confiarem em si próprios, quem os fará? Sendo assim, só posso dizer: O futuro é bem vindo!

Meu abraço,
Pedro Angelo 

quinta-feira, 17 de maio de 2012

Correlação entre alergia alimentar e respiratória

Atendendo ao pedido de nossa amiga Katia Mercaldo vamos falar sobre a correlação entre alergia alimentar e respiratória. 

A alergia é uma reação de hipersensibilidade a uma substância geralmente inofensiva. Há uma série de substâncias, chamadas de alérgenos, que podem incomodar seu filho. Dentre os alérgenos comuns encontram-se pólen, pêlo de animal, pó caseiro, penas, ácaros, substâncias químicas e vários alimentos. Algumas alergias causam principalmente sintomas respiratórios; outras podem gerar sintomas diversos como dor de cabeça, fadiga, febre, diarreia, dor de barriga e vômito. Este item trata das alergias respiratórias, tanto crônicas quanto sazonais.

A criança com uma alergia respiratória pode ter nariz entupido e/ou coriza, espirros, coceira na pele e nos olhos e/ou olhos vermelhos, lacrimejantes. É desnecessário dizer que isso pode ser muito desconfortável. Se o problema é sazonal ou crônico depende do alérgeno em questão. As alergias sazonais tendem a ser causadas por pólen; portanto, os sintomas recorrem mais ou menos na mesma época todos os anos, geralmente na época de floração da planta agressora. A febre de feno é um exemplo de alergia sazonal. A febre de feno da primavera na maioria das vezes decorre do pólen da grama e das árvores, ao passo que a febre de feno no final do verão e início de outono é geralmente causada pela sensibilidade ao pólen de ambrosia-americana e mofo.

As alergias permanentes ou crônicas são geralmente causadas por fatores presentes no ambiente o ano todo, como pêlo de animal, poeira ou penas. A rinite alérgica é uma inflamação crônica da membrana mucosa que reveste as vias nasais, causada por uma reação alérgica. É caracterizada por nariz entupido, coriza, espirros frequentes e uma tendência a respirar pela boca. Os olhos da criança podem ficar vermelhos e lacrimejantes. Dor de cabeça, coceira, rinorragia (perda de sangue pelo nariz) e fadiga podem ser complicações secundárias. Círculos escuros embaixo dos olhos (chamados de "olheiras alérgicas"), além de um rosto inchado, são frequentes. Os bebês com rinite crônica são muitas vezes alérgicos a alimentos, na maioria das vezes a leite de vaca. As crianças mais velhas com coriza constante muitas vezes reagem a lã, mofo, penas, poeira, pêlo animal e/ou pólen. Contudo, em alguns casos, a coriza constante talvez não seja resultado de uma reação alérgica, e deve ser diferenciada de uma doença subjacente mais séria, como sinusite crônica. Essa tarefa é melhor desempenhada por um profissional de saúde. 

Sejam os sintomas sazonais ou crônicos, há muitas vezes uma história de alergias na família; muitas vezes, o pai ou o avô de uma pessoa alérgica também era alérgico. Na presença de um alérgeno, o sistema imunológico da criança libera histaminas e sustâncias químicas semelhantes para combater o que considera um agente invasor. Essas substâncias químicas causam uma série de reações, inclusive inchaço, congestão das vias nasais e maior produção de muco. É basicamente uma reação hipersensível ou excessivamente ativa do corpo da criança ao estímulo externo. A criança em crescimento torna-se mais capaz de combater infecções com o amadurecimento do seu sistema imunológico e pode também superar as alergias. 

 As alergias também podem contribuir para a ocorrência de outros problemas de saúde crônicos, como acne, asma, enurese (falta de controle de micção), infecções de ouvido crônicas, eczema, irritabilidade e até mesmo dificuldade de concentração. As reações alérgicas podem ocorrer imediatamente após a exposição à substância agressora ou podem demorar dias para aparecer. Uma reação alérgica retardada pode dificultar a detecção do alérgeno.

Os laticínios, por exemplo, podem espessar o muco e estimular o aumento da produção de muco. Se as alergias do seu filho forem sazonais, talvez seja útil evitar também trigo integral durante a estação em que ocorre alergia, pois muitas crianças são sensíveis a esse alimento. A criança com alergias respiratórias também pode ser alérgica a determinados alimentos. Além dos laticínios e trigo, os agressores comuns incluem ovos, chocolate, nozes, frutos do mar, frutas e sucos cítricos. Experimente eliminar um desses alimentos durante algumas semanas e veja se há uma melhora. Adote uma dieta de eliminação ou rodízio alimentar para descobrir alergias alimentares. Ou mantenha um registro diário dos sintomas do seu filho e dos alimentos ingeridos.

Estimule seu filho a beber muita água para liquefazer as secreções e facilitar a expectoração. Elimine gorduras cozidas e óleos. Quando o corpo do seu filho está sob qualquer tipo de estresse, inclusive o estresse de uma reação alérgica, o sistema digestivo não está tão forte quanto o costume, e as gorduras - difíceis de digerir até mesmo nas melhores épocas - podem sobrecarregar ainda mais o sistema digestivo. Da mesma forma, as gorduras não digeridas contribuem para a produção de muco e promovem um ambiente interno tóxico.


OBSERVAÇÃO IMPORTANTE: Essa é uma correlação entre alergias respiratória e alimentar. Dizer o que fazer sem um exame apurado é inadequado. Portanto, procure o seu médico e faça os exames necessários para um diagnóstico preciso e, consequentemente, um tratamento correto.


Meu abraço,

Pedro Angelo

sexta-feira, 11 de maio de 2012

Ser mãe e ser Avó


Ser mãe é uma confusão. São tantas as emoções, sentimentos que é difícil de compreender. Ser avó é ser solução. Tudo de uma simplicidade ímpar. Ser mãe é passar, praticamente, os 9 meses vendo a barriga crescer enquanto planeja um mundo novo e sem problemas. Ser avó é imaginar que o neném virá coroar o mundo perfeito de uma vida de realizações. 

Ser mãe é viver um dia após o outro, um choro após o outro, uma fralda após a outra, um susto após o outro, um cochilo após o outro. Ser avó é ter disposição de sobra para todos os choros, todas as fraldas, não se assustar com nada porque já passou por todas as angústias de ser mãe. Ser mãe é sentir um orgulho danado quando dizem que é a cara da mãe. Ser avó é se deliciar em ver que, realmente, puxou todos os traços da família e dizer com orgulho que é a cara da avó quando bebê, mesmo que só tenha de parecido o dedinho mínimo tortinho do pé direito!. 

Ser mãe é isso. Uma fortaleza sem saber a noção de sua força. Ser avó é ser a fraqueza que contrabalança, pois o tempo é curto... Ser mão é descobrir uma nova mulher na mesma mãe todos os dias. Ser avó e ser várias mães em uma só mulher. Ser mãe é temer e chorar baixinho pensando sobre o mundo que seu filho herdará. Ser avó é penitenciar-se e ao mesmo tempo ter fé na vida e fé no que virá. Ser mãe é achar tudo maravilhoso! É prestar atenção enquanto seu filho descobre o mundo. É ter dúvidas se interfere ou se incentiva, pois tudo é novo e é ela que engatinha. Ser avó é aplaudir o acerto e consolar o erro, afinal, quantas vezes já caiu e levantou!. 

Ser mãe é perder não só a vaidade. É perder o sono, é não se olhar no espelho, é aprender a viver com olheiras, estrias, seios fartos e quem sabe caídos. Ser avó é achar que a maternidade é a fase mais linda da mulher porque o tempo passa para todos e que não se vive de aparências, mas do que se é no interior. Ser mãe é ser varias mulheres em uma só, desdobrar-se com 10 olhos e mil braços. Ser avó é ter a sapiência do “tudo ao seu tempo”, já que a pressa é inimiga da perfeição. 

Ser mãe é conseguir tudo ao mesmo tempo: cuidar da casa, dar de mamar, levar a escola, deixar andar por suas próprias pernas, entender cada tipo de choro, é pensar com medo na morte e com esperança na vida, é segurar as rebordosas, é não sentir dores no corpo apesar do cansaço, é discutir com o pediatra e acreditar no remédio da avó, ouvir os instintos. Ser avó é ser tudo isso pela segunda vez e sem reclamar, com o sorriso no rosto enrugado! 

Ser mãe é olhar para aquele serzinho e pedir a Deus que o abençoe por todos os dias da sua vida. Ser avó é saber que Deus atende! Ser mãe é ser filha e neta. É ter laços que jamais se cortarão apesar de, um dia, saber que todos voam e seguem seu caminho. Ser mãe é estar completa. Ser avó é ser completa. Ser mãe é seguir sempre em frente, confiante. Ser avó é olhar para trás e só ter a agradecer a confiança que a vida lhe depositou. 

Ser mãe... Ser avó... É ser, sempre e para sempre, anjos de Deus! 

Feliz dia das mães! 

Pedro Angelo

domingo, 29 de abril de 2012

Dia do Trabalho

Comemorado no dia 1º de maio, o Dia do Trabalho ou Dia do Trabalhador é uma data comemorativa usada para celebrar as conquistas dos trabalhadores ao longo da história. Nessa mesma data, em 1886, ocorreu uma grande manifestação de trabalhadores na cidade americana de Chicago.

Milhares de trabalhadores protestavam contra as condições desumanas de trabalho e a enorme carga horária pela qual eram submetidos (13 horas diárias). A greve paralisou os Estados Unidos. No dia 3 de maio, houve vários confrontos dos manifestantes com a polícia. No dia seguinte, esses confrontos se intensificaram, resultando na morte de diversos manifestantes. As manifestações e os protestos realizados pelos trabalhadores ficaram conhecidos como a Revolta de Haymarket.

Em 20 de junho de 1889, em Paris, a central sindical chamada Segunda Internacional instituiu o mesmo dia das manifestações como data máxima dos trabalhadores organizados, para, assim, lutar pelas 8 horas de trabalho diário. Em 23 de abril de 1919, o senado francês ratificou a jornada de trabalho de 8 horas e proclamou o dia 1° de maio como feriado nacional.

Após a França estabelecer o Dia do Trabalho, a Rússia foi o primeiro país a adotar a data comemorativa, em 1920. No Brasil, a data foi consolidada em 1924 no governo de Artur Bernardes. Além disso, a partir do governo de Getúlio Vargas, as principais medidas de benefício ao trabalhador passaram a ser anunciadas nessa data. Atualmente, inúmeros países adotam o dia 1° de maio como o Dia do Trabalho, sendo considerado feriado em muitos deles.

Só o trabalho constrói. Todo o conforto que a humanidade goza hoje em dia é fruto do trabalho de muitas pessoas, através de várias gerações. Todo trabalho dignifica quando é honesto, por mais humilde que seja. Nessa data lembramos o esforço humano. Todas as pessoas, cada uma em sua área de atuação, é necessária. Não existem profissões mais ou menos importantes. Todos precisamos de engenheiros, médicos, assim como pedreiros e agricultores. 

No Brasil, infelizmente, nem todas as profissões são tratadas com o respeito que merecem. Nem todas recebem os devidos recursos e méritos e a grande maioria não é encarada com seriedade. No entanto, todas elas são importantes não só pelo geram de progresso para nosso País, mas pelo que elas representam para as famílias brasileiras: seu sustento honrado. Seja qual for a sua profissão, trabalhador ou trabalhadora, que ganha de forma honesta o sustento de cada dia, o meu sincero respeito pelo seu dia. Tenho certeza de que o esforço diário de cada um de vocês dignifica não só a sua pessoa e sua família, mas dignifica toda a nossa nação!


Um abraço,
Pedro Angelo

domingo, 22 de abril de 2012

Desnutrição

A desnutrição é uma doença causada pela dieta inapropriada, hipocalórica e hipoprotéica. Também pode ser causada por má-absorção de nutrientes ou anorexia. Tem influência de fatores sociais, psiquiátricos ou simplesmente patológicos. Acontece principalmente entre indivíduos de baixa renda e principalmente as crianças de países subdesenvolvidos. 

Segundo Médicos sem Fronteiras, a cada ano 3,5 a 5 milhões de crianças menores de cinco anos morrem de desnutrição. A causa mais frequente da desnutrição é uma má alimentação. Ainda, outras patologias podem desencadear má absorção ou dificuldade de alimentação e causar a desnutrição. Citamos alguns exemplos: 
  • Dieta – O desequilíbrio entre as proporções de proteínas e de carboidratos devido à ingestão inadequada de alimentos. 
  • Infecção – Atuam principalmente como fatores desencadeantes. 
  • Fatores Psicológicos – Podem ser muitas vezes relevantes na Desnutrição. Por exemplo, a privação materna, quando a mãe tem que se afastar ou mesmo se ausentar da convivência com o filho, sendo traduzida pela criança, principalmente, por anorexia. 
  • Situação Sócio-Econômica – Denominador comum de todas as doenças que prevalecem em países de áreas pobres, tendo como principais agravantes o nível educacional da mãe, a renda familiar insuficiente, habitações insalubres com precário saneamento. 
  • Insuficiente Produção de Alimentos – Baixa produtividade agrícola da terra, carência de alimentos, alto custo dos alimentos. 
  • Padrões Culturais – A não utilização dos recursos naturais pode ser devido ao conhecimento inadequado do que a criança pode e deve comer assim como de atitudes, tabus, crenças e preconceitos em relação a determinados tipos de alimentos. 
  • Nutrição Materna – Nas áreas subdesenvolvidas, pouca atenção é dada à dieta da gestante. É sabido da grande necessidade nutritiva apresentada pelo feto, tornando de suma importância a qualidade alimentar da gestante. 
  • Desmame Precoce – É o período de desmame uma fase crítica na ecologia nutricional da criança nos primeiros meses de vida, a introdução inadequada de prática alimentar artificial representa um grave risco para Desnutrição. Muitas mães, pertencentes a nível sócio-econômico baixo efetuam o desmame de seus filhos precocemente, alegando enfraquecimento ou falta de leite; porém, sem terem o que ou como oferecer outro tipo de alimentação,empregam pouca quantidade de leite pasteurizado no preparo da mamadeira ou ainda dispensam alimentos de grande valor nutritivo, tais como ovo e feijão, por crendices e preconceitos. 
Como consequências temos: 

Coração: o coração perde massa muscular, assim como os outros músculos do corpo. Em estágio mais avançado há insuficiência cardíaca e posteriormente morte. 

Sistema imune: torna-se ineficiente. O corpo humano não vai ter os nutrientes necessários para produzir as células de defesa. Logo, é comum infecções intestinais subseqüentes, respiratórias e outros acometimentos. A duração das doenças é maior e o prognóstico é sempre pior em comparação a indivíduos normais. A cicatrização é lentificada. 

Sangue: É possível ocorrer um quadro de anemia ferropriva relacionada à desnutrição. 

Trato gastro-intestinal: há menor secreção de HCl pelo estômago, tornando esse ambiente mais propício para proliferação bacteriana. O intestino diminui seu ritmo de peristalse e a absorção de nutrientes fica muito reduzida. 

A desnutrição não é um problema difícil tampouco caro de se resolver. Do ponto de vista nutricional as soluções são simples e baratas, porém elas precisam vir acompanhadas de mudanças também no quadro social. A solução passa pela reeducação alimentar da criança e da família, acompanhada de uma estruturação social que possibilite a esse grupo familiar manter a qualidade de vida. Vai além de tirar a criança do quadro de desnutrição, é uma questão, política, social e educacional. 

Uma opção que tem mostrado resultados é a alimentação alternativa. A ideia começou a ser disseminada pela Pastoral da Criança, e consiste no aproveitamento máximo dos alimentos, evitando desperdícios e buscando novas fontes de nutrientes. A mais conhecida é a multi-mistura, feita com farelos (de arroz e de trigo), da moagem de folhas verdes (de mandioca, batata-doce, abóbora) e de sementes (de girassol, melancia, etc.), tudo isso moído, tostado e peneirado vira uma rica fonte de nutrientes. 

Portanto, não custa nada ficar atento a uma boa alimentação e a qualidade de vida como um todo. E, acima de tudo, procure um médico no caso de algum dos sintomas descritos. Não se auto-medique e nem faça dietas por conta própria. Saúde vem sempre em primeiro lugar!

Meu Abraço,
Pedro Angelo

sábado, 14 de abril de 2012

Febre - o que é e como tratar

A febre ou pirexia, é a elevação da temperatura do corpo humano para cima dos limites considerados normais (36 a 37,4 °C) faixa (range) que compreende 95% da população sadia. A regulação da temperatura é realizada pelo hipotálamo. Pode ser causada por uma série de fatores que incluem: infecção, sequelas de lesão tecidual, inflamação, rejeição de enxerto, processo maligno ou outros fatores. A febre não é uma doença e geralmente não necessita de rápida intervenção, é um sintoma que possui papel de defesa orgânica. Seu controle estrito não previne convulsões (somente em 4% de uma população de crianças sadias ocorre convulsão febril), mas esta pode ser fator desencadeante em pacientes suscetíveis, mesmo com uma pequena elevação de temperatura.. 

É uma reação orgânica primitiva com múltiplas aplicações contra um mal comum, interpretada pelo meio médico como um simples sinal. A reação descrita como um aumento na temperatura corporal nos seres humanos para níveis até 37,5 °C Celsius chama-se estado febril; ao passar dessa temperatura, já pode ser caracterizado como febre e é um mecanismo adaptativo próprio dos seres vivos. A febre é uma reação do corpo; a sensação ruim que sente a pessoa febril faz com que ela poupe energia e descanse, funcionando também através do maior trabalho realizado pelos linfócitos e macrófagos. Apesar da maior parte das febres ser causada por infecções, nem sempre febre é indicador de infecção. Mede-se tradicionalmente a temperatura corporal através da testa e pescoço (com a mão), da boca, da axila, da membrana timpânica ou do ânus (utilizando um termômetro, que pode ser eletrônico ou não). 

As crianças são mais afetadas pela febre porque, para o organismo delas, praticamente todos os vírus e bactérias são desconhecidos. 

São considerados valores normais de temperatura: 

  • Temperatura axilar: 35,5 a 37 °C, com média de 36 a 36,5 °C. 
  • Temperatura bucal: 36 a 37,4 °C. 
  • Temperatura retal: 36 a 37,5 °C, isto é, 0,5 °C maior que a axilar. 
A febre pode ser classificada como de baixa intensidade (37,5 a 38 °C), moderada (38 a 39 °C) ou alta (mais de 39 °C), dependendo de quanto a temperatura corpórea subiu. 

A febre pode ser benéfica, e é parte da resposta do corpo a uma doença; no entanto, se a febre for acima de 42 °C, então pode causar danos significativos aos neurônios, com risco de afetar a meninge e essa fase é chamada de hipertermia maligna. A alta temperatura causa a desnaturação de proteínas e enzimas, o que agrava o estado do paciente. 

A temperatura normalmente flutua ao longo do dia, e o mesmo se aplica à febre. Se esse padrão característico estiver ausente, a temperatura aumentada do corpo pode ser por causa de insolação, uma disfunção mais séria. A insolação é causada pelo excesso de exposição ao sol e desidratação. 

Existe certa fobia da febre cercada de mitos tanto para profissionais de saúde quanto para a população em geral de que a febre seja algo que implique rápida ação com algum medicamento, principalmente quando ela envolve crianças. No entanto, existem medidas que podem reduzir a febre de forma natural como banhos e resfriamento do ambiente. 

Embora a febre seja uma resposta imunológica própria do organismo contra algum mal, a medicina moderna chegou a desenvolver algumas drogas chamadas de antipiréticos que podem reduzir a febre a níveis tolerados. Os antipiréticos (ou medicamentos que são usados para baixar a temperatura corpórea no caso de febre) mais usados são o paracetamol, a dipirona, o ibuprofeno, cetoprofeno e ácido acetilsalicílico e todos eles devem ser usados, apenas, com recomendação médica.

sexta-feira, 6 de abril de 2012

Páscoa

Páscoa (do hebraico Pessach, significando passagem) é um evento religioso cristão, normalmente considerado pelas igrejas ligadas a esta corrente religiosa como a maior e a mais importante festa da Cristandade. Na Páscoa os cristãos celebram a Ressurreição de Jesus Cristo depois da sua morte por crucificação que teria ocorrido nesta época do ano em 30 ou 33 da Era Comum. A Páscoa pode cair em uma data, entre 22 de março e 25 de abril. O termo pode referir-se também ao período do ano canônico que dura cerca de dois meses, desde o domingo de Páscoa até ao Pentecostes. Os eventos da Páscoa teriam ocorrido durante o Pesah, data em que os judeus comemoram a libertação e fuga de seu povo escravizado no Egito.

A palavra Páscoa advém, exatamente do nome em hebraico da festa judaica à qual a Páscoa cristã está intimamente ligada, não só pelo sentido simbólico de “passagem”, comum às celebrações pagãs (passagem do inverno para a primavera) e judaicas (da escravatura no Egito para a liberdade na Terra prometida), mas também pela posição da Páscoa no calendário, segundo os cálculos que se indicam a seguir.

A Páscoa cristã celebra a Ressurreição de Jesus Cristo. Depois de morrer na cruz, seu corpo foi colocado em um sepulcro, onde ali permaneceu por três dias, até sua ressurreição. É o dia santo mais importante da religião cristã. A Páscoa nada mais é que um ritual de passagem, assim como a "passagem" de Cristo, da morte para a vida.

A festa tradicional associa a imagem do coelho, um símbolo de fertilidade, e ovos pintados com cores brilhantes, representando a luz solar, dados como presentes. De fato, para entender o significado da Páscoa cristã atual, é necessário voltar para a Idade Média e lembrar os antigos povos pagãos europeus que, nesta época do ano, homenageavam Ostera, ou Esther – em inglês, Easter quer dizer Páscoa. Esta deusa e o ovo que carrega são símbolos da chegada de uma nova vida, daí a figura do ovo ser usada como símbolo e presenteado: renovação e vida são seus significados mais marcantes e fazem alusão ao renascimento e a vida de Jesus Cristo que ressuscitou ao terceiro dia, saindo da morte para e vida eterna.

Meus amigos, na verdade, Páscoa é renascimento. Seja da fé, seja do amor, seja da confiança, seja da paz. Precisamos renascer, todos os dias, nos tornando pessoas melhores não só por nós, mas por aqueles que convivem conosco. Temos que lutar pela igualdade, a fraternidade, a reciclagem de valores éticos e morais, onde a justiça dos homens não dependa de mortes para que esta ocorra. Temos que ser irmãos de nossos vizinhos e amigos de pessoas que não conhecemos. Temos que compartilhar o pouco que temos com os que nada têm. Só assim, acreditando no renascimento, nós seremos capazes de viver num mundo melhor e mais humano. Ajudar a carregar a cruz do outro é renascer em si mesmo.

À todos, meu desejo de muitos renascimentos interiores e muita paz em família! 

Meu abraço!

Pedro Angelo



sábado, 31 de março de 2012

2 de abril - Dia Mundial da Conscientização do Autismo

Hoje, trago um texto informativo sobre o autismo, que é uma disfunção pouco conhecida, pouco divulgada e, no entanto, que atinge nossas crianças bem mais do que imaginamos.

O Autismo é uma disfunção ou inadequação global do desenvolvimento que se manifesta de maneira séria. Entretanto, hoje em dia, com a interação social, as escolas em parceria com as famílias estão incluindo, socialmente, os portadores do autismo no convívio diário e dando-lhe um tratamento semelhante ao dado às crianças tidas como normais.

O autismo é incapacitante e aparece tipicamente nos três primeiros anos de vida. Acomete cerca de 20 entre cada 10 mil nascidos e é quatro vezes mais comum no sexo masculino do que no feminino. É encontrado em todo o mundo e em famílias de qualquer configuração racial, étnica e social. Não se conseguiu até agora provar qualquer causa psicológica no meio ambiente dessas crianças que possa causar a doença.

Segundo a Associação Americana de Autismo, os sintomas são causados por disfunções físicas do cérebro, verificados pela anamnese(entrevista realizada por um médico que busca relembrar todos os fatos que se relacionam com a doença e à pessoa doente, a fim de ajudar no seu diagnóstico) ou presentes no exame ou entrevista com o indivíduo. Incluem:

1. Distúrbios no ritmo de aparecimentos de habilidades físicas, sociais e lingüísticas;
2. Reações anormais às sensações. As funções ou áreas mais afetadas são: visão, audição, tato, dor, equilíbrio, olfato, gustação e maneira de manter o corpo;
3. Fala e linguagem ausentes ou atrasadas. Certas áreas específicas do pensar, presentes ou não. Ritmo imaturo da fala, restrita compreensão de ideias. Uso de palavras sem associação com o significado;
4. Relacionamento anormal com os objetivos, eventos e pessoas, respostas que não são apropriadas a adultos e crianças e objetos e brinquedos não usados de maneira devida.

Indivíduos com autismo usualmente exibem pelo menos metade das características listadas a seguir:

1. Dificuldade de relacionamento com outras pessoas;
2. Riso inapropriado;
3. Pouco ou nenhum contato visual;
4. Aparente insensibilidade à dor;
5. Preferência pela solidão; modos arredios;
6. Rotação de objetos;
7. Inapropriada fixação em objetos;
8. Perceptível hiperatividade ou extrema inatividade;
9. Ausência de resposta aos métodos normais de ensino;
10. Insistência em repetição, resistência à mudança de rotina;
11. Não tem real medo do perigo (consciência de situações que envolvam perigo);
12. Procedimento com poses bizarras (fixar objeto ficando de cócoras; colocar-se de pé numa perna só; impedir a passagem por uma porta, somente liberando-a após tocar de uma determinada maneira os alisares);
13. Ecolalia (repete palavras ou frases em lugar da linguagem normal);
14. Recusa colo ou afagos;
15. Age como se estivesse surdo;
16. Dificuldade em expressar necessidades - usa gesticular e apontar no lugar de palavras;
17. Acessos de raiva - demonstra extrema aflição sem razão aparente;
18. Irregular habilidade motora - pode não querer chutar uma bola, mas pode arrumar blocos.

Observação: É relevante salientar que nem todos os indivíduos com autismo apresentam todos estes sintomas, porém a maioria dos sintomas está presente nos primeiros anos de vida da criança. Estes variam de leve a grave e em intensidade de sintoma para sintoma. Adicionalmente, as alterações dos sintomas ocorrem em diferentes situações e são inapropriadas para sua idade. Vale salientar também que a ocorrência desses sintomas não é determinista no diagnóstico do autismo, para tal, se faz necessário acompanhamento com psicólogo ou psiquiatra.

O diagnóstico do transtorno autista é clínico e não poderá, portanto, ser feito puramente com base em testes e ou escalas de avaliação. Avaliações de ordem psicológica, fonoaudiológica e pedagógica são importantes para uma avaliação global do indivíduo. Pode, também, ocorrer a necessidade de realização de exames auditivos com a finalidade de um diagnóstico diferencial.

Outros exames devem ser considerados não para diagnóstico, mas com a finalidade de se realizar um bom tratamento. São eles: ácidos orgânicos, alergias alimentares, metais no cabelo, perfil ION, imunodeficiências, entre outros.

Conforme decretado pela ONU em Dezembro de 2007, todo dia 2 de abril é considerado o Dia Mundial da Conscientização do Autismo.

Espero ter dado uma visão do que é o autismo e ter esclarecido se não todas, algumas das dúvidas de muitos de vocês sobre essa doença. Lembrem-se de que os sintomas são bem fáceis de serem identificados. Entretanto, ter alguns deles não significa que a criança sofre dessa disfunção. Portanto, em caso de dúvida, o melhor é procurar um profissional especializado para um diagnóstico rápido e correto.

MEU ABRAÇO!
Pedro Angelo

segunda-feira, 26 de março de 2012

Sarampo - Prevenir é melhor que remediar!

O Sarampo é uma doença víral, e é uma infecção do sistema respiratório,altamente contagiosa e que afeta principalmente crianças. É transmitida através de gotículas expelidas pelo nariz, boca ou garganta de pessoas infectadas. Os sintomas iniciais, que geralmente aparecem 8-12 dias após a infecção, incluem febre alta, coriza, olhos vermelhos, e pequenas manchas brancas na parte interna da boca. Vários dias depois, uma erupção se desenvolve, geralmente começando no pescoço e na face e gradualmente se espalhando pelo corpo.
A maioria das pessoas se recupera mesmo sem tratamento dentro de 2-3 semanas. Contudo, principalmente as crianças desnutridas e pessoas com imunidade reduzida, o sarampo pode causar complicações sérias, incluindo dor de cabeça, cegueira, diarreia grave, infecção do ouvido e pneumonia. O sarampo pode ser prevenido através da vacinação.
O sarampo é um dos cinco exantemas da infância clássicos, junto co a varicela, rubéola, eritema infeccioso e roséola. É altamente infeccioso e transmitido por secreções respiratórias como espirros e tosse. Após o início de uso da vacina tornou-se raro nos países que a utilizam de forma eficaz, como Brasil e Europa.Contudo, ainda causa 40 milhões de casos e um a dois milhões de mortes por ano em países sem programas de vacinação eficientes. As epidemias tendem a ocorrer a cada dois ou três anos, necessitando do nascimento de novos bebês susceptíveis para se propagar.
Os sintomas do sarampo são:
§  Coriza,
§  Mal estar geral,
§  Tosse com catarro,
§  Dificuldade de ingestão e;
§  Sinal de Koplik (pequenos pontos brancos rodeados de uma zona vermelha, que se agrupam na mucosa interna das bochechas).
Como ocorre sua transmissão: É espalhada pela tosse, espirros, beijos, pelas gotículas que saem quando se fala e qualquer outra forma de contato com fluidos do nariz de uma pessoa infectada e boca, diretamente ou através de objetos (como copos e talheres). É altamente contagioso, 90% das pessoas que ainda não possuem imunidade são contaminadas caso compartilhem o mesmo ambiente com uma pessoa infectada por algumas horas por dia (casa, creche, escola, trabalho...). O período contagioso começa 2-4 dias antes do aparecimento das marquinhas pelo corpo e continua até 2-5 dias após o início delas (Infectividade de quatro a nove dias no total).
Mais de 95% das mortes por sarampo ocorrem em países subdesenvolvidos com sistemas de saúde deficientes, apesar de a vacina ser barata, segura e muito eficaz. 
Portanto, não deixe de ter atenção para com a caderneta de vacinação e as datas ali estipuladas para vacinar seus filhos contra o sarampo. Em caso de dúvida, procure um posto de saúde ou o pediatra que atende seus filhos. Prevenir é melhor que remediar.
Um Abraço.
Pedro Angelo

terça-feira, 20 de março de 2012

Dia Internacional da Síndrome de Down

Tecnicamente falando, a Síndrome de Down ou Trissomia do cromossoma 21 é um distúrbio genético causado pela presença de um cromossomo 21 extra total ou parcialmente.
Recebe o nome em homenagem a John Langdon Down, médico britânico que descreveu a síndrome em 1862. A sua causa genética foi descoberta em 1958 pelo professor Jérôme Lejeune, que descobriu uma cópia extra do cromossoma 21.
A síndrome é caracterizada por uma combinação de diferenças maiores e menores na estrutura corporal. Geralmente a síndrome de Down está associada a algumas dificuldades de habilidade cognitiva e desenvolvimento físico, assim como de aparência facial. A síndrome de Down é geralmente identificada no nascimento.
Pessoas com síndrome de Down podem ter uma habilidade cognitiva abaixo da média, geralmente variando de retardo mental leve a moderado. Um pequeno número de afetados possui retardo mental profundo. É o distúrbio genético mais comum, estimado em 1 a cada 800 ou 1000 nascimentos.
Muitas das características comuns da síndrome de Down também estão presentes em pessoas com um padrão cromossômico normal. Elas incluem a prega palmar transversa (uma única prega na palma da mão, em vez de duas), olhos com formas diferenciadas devido às pregas nas pálpebras, membros pequenos, tônus muscular pobre e língua protrusa (saliente, protuberante, empurrada para a frente). Os afetados pela síndrome de Down possuem maior risco de sofrer defeitos cardíacos congênitos, doença do refluxo gastroesofágico, otites recorrentes, apneia de sono obstrutiva e disfunções da glândula tireóide.
A síndrome de Down é um evento genético natural e universal, estando presente em todas as raças e classes sociais.
Como médico e ser humano lembro a todos que, neste dia 21 de Março é o Dia Internacional da Síndrome de Down, Portanto, vamos fazer desse dia uma data de luta contra a desigualdade e o preconceito. Crianças com essa síndrome podem ser diferentes em suas feições, em suas habilidades, mas sempre serão iguais em sua essência, em seu coração. Ser diferente não é ser incapaz. Ser diferente é normal e pode ser legal, por isso, ser diferente é ser especial.
Meu abraço,
Pedro Angelo

sábado, 17 de março de 2012

Ministério da Saúde cria leitos para tratamento do Crack

Tecnicamente falando, o Crack é uma droga, geralmente fumada, feita a partir da mistura de pasta de cocaína com bicarbonato de sódio. É uma forma impura de cocaína e não um subproduto. O nome deriva do verbo "to crack", que, em inglês, significa quebrar, devido aos pequenos estalidos produzidos pelos cristais (as pedras) ao serem queimados, como se estes se quebrassem.
A fumaça produzida pela queima da pedra de crack chega ao sistema nervoso central em dez segundos, devido ao fato de a área de absorção pulmonar ser grande e seu efeito dura de 3 a 10 minutos, com efeito de euforia mais forte do que o da cocaína, após o que produz muita depressão, o que leva o usuário a usar novamente para compensar o mal-estar, provocando intensa dependência. Não raro o usuário tem alucinações e paranoia (ilusões de perseguição).  As chances de recuperação dessa doença, que muitos especialistas chamam de "doença adquirida" são das mais baixas que se conhece dentre todas as drogas que causam dependência.
Recentemente foi criado o projeto “Crack, é possível vencer” pelo Ministério da Saúde, que vai disponibilizar mais 3.508 novos leitos em enfermarias especializadas para os usuários dessa e de outras drogas no país. Ao todo serão investidos R$ 670 milhões .
Agora, estados e municípios devem aderir às ações contra o avanço do crack e seu tratamento e reabilitação. Para vencer esta batalha será preciso uma rede estruturada, conforme previsto no novo programa. Dentro dessas opções, as enfermarias especializadas são uma importante ferramenta no tratamento aos pacientes nos casos mais graves. Os leitos em enfermarias especializadas devem ser implantados em hospitais gerais que atendem pelo Sistema Único de Saúde, dando acesso para todos aqueles que não têm condições financeiras de financiar um tratamento que, infelizmente, requer tempo e muito dinheiro.
Já abordei esse tema, anteriormente, e volto a ele tendo em vista que o índice de criminalidade vem crescendo em progressão geométrica ao contrário do número de leitos e de programas públicos para o combate ao vício. Logo, esse tema muito me preocupa e lhe digo a razão: 
Como médico, considero esse número de leitos um avanço no tratamento do vício, mesmo não sendo o ideal se contarmos que é o que está sendo disponibilizado para todo o país. Já como cidadão, eu não posso deixar de questionar a origem de um vício tão perigoso e, quase sempre, sem retorno. Como uma pessoa entra nesse buraco sem fundo que é o vício do crack e de outras drogas? E por quê? 
Como defensor da família, das relações interpessoais, eu acredito que os valores que hoje são passados às nossas crianças e nossos jovens são valores invertidos. O TER deu lugar ao SER. Falta TEMPO de CONVIVER. Não existem momentos familiares onde à troca de experiências de vida, o contato, o carinho e a sinergia estejam presentes. Até mesmo nas escolas o assunto não é abordado com conhecimento científico e com a preocupação de um retorno em forma de estudos e estatísticas para se saber o alcance do entendimento de nossos jovens.
Meus amigos, nós precisamos cuidar mais das raízes de nossas famílias para que os frutos sejam viçosos. Precisamos voltar a SER para termos uma sociedade mais saudável de corpo e mente, onde não exista espaço para o vício se infiltrar e apoderar de nossas futuras gerações.
MEU ABRAÇO!
Pedro Angelo

segunda-feira, 12 de março de 2012

Exercitar-se


Exercitar-se é fundamental. Faz bem às saúdes física e mental. Entretanto, não falo, somente, do exercício físico. Pode ser principal para muitos mas, não é excencial à coletividade. 

Falo de um exercício mais simples que, contudo, muito poucos praticam: o exercício da cidadania! Com ele, você pode aprender a: 


Respeitar para ser respeitado.
Impor para aceitar imposições.
Perguntar para saber as respostas.
Aprender para poder ensinar.
Ensinar para que outros aprendam.
Cobrar para ser cobrado.
Acatar para ser acatado.
Satisfazer para ser satisfeito.
Ser gentil para receber gentileza.
E o mais importante:
Ser para poder Ter!

O exercício da cidadania é simples. Infelizmente, as pessoas esquecem que o seu direito começa onde o do vizinho termina, permitindo abusos e desrespeito. Com o medo que nos ronda, diariamente, a população que deveria questionar, se cala. Eu pergunto: ao calar-se você está resolvendo o seu  problema ou o da sua vizinhança, família, cidade? E eu respondo: NÃO! Isso não é ser cidadão! 


Exercitar seu direito de cidadão não custa nada. Podemos optar em deixar o barco à deriva ou começar a exercitar a construção de uma sociedade mais justa para todos. 

Parabéns ao Movimento S.O.S São Francisco pelo exercício de cidadania praticado dia 11 de Março.

MEU ABRAÇO,
Pedro Angelo